foto de Eduardo Nogueira, 1935, na Arcada de Paris, Rua João de Deus in http://alentejanando.weblog.com.pt
Enquanto pesquisava sobre mobiliário tradicional alentejano, encontrei esta foto, uma verdadeira preciosidade de outros tempos. O melhor ainda será o pequeno texto que acompanha a foto:
"Cem vezes os afazeres do dedal que as agruras fardadas da criada de servir. Mil vezes o calo da tesoura que a manada de calos e dores das mondas e das ceifas. Andar na costura era visto como uma notória ascensão social. Ainda que o salário fosse uma gota no mar das necessidades e as regalias sociais iguais a zero, mas tinha o usufruto de um horário com contornos mais ou menos definidos e uma forte dose de moderna urbanidade. Era igualmente um trabalho asseado que possibilitava a vaidade do andar sempre de ponto em branco. Tinha o magala que muito adoçar o estilo e o verbo para embeiçar a moça costureira, senão, a outros de maior patente calharia a sonhada e sonhadora conquista. O fado, o teatro e o cinema, contribuíram abundantemente para relevar no imaginário popular a personagem da costureirinha.
- Vizinha Adelaide, foi bonita a fita do cenório! Acaba na boda do Xico tipógrafo com a Rosa costureira."
- Vizinha Adelaide, foi bonita a fita do cenório! Acaba na boda do Xico tipógrafo com a Rosa costureira."
I promisse to translate one of these days.
Afinal o mobiliário típico alentejano fica para outro dia.
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